segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O bar.

Garçom? Por favor, amigo, eu quero lhe pedir uma dose de amor. Não a convencional. Não, nada dessa coisa de Sid & Nancy, não. Me traz com mais emoção, isso. Emoção seguida de conversas na madrugada. Anota aí, quero uma porção de sorrisos e caras de espanto, por quando eu for dizer coisas que ele nunca imaginou que um dia eu fiz, mas ainda assim gostar de mim, sabendo que sem ele eu também sou alguém. Se possível, peça na cozinha para que deixem com um toque agridoce, como da última vez que vim aqui. Tenho um paladar apurado para o doce, mas que muitas vezes puxa para o ácido e... Pimenta também. Gosto deste prato por combinar em muitas situações. Principalmente com a dose de amor, que ao tomar, engolimos o choro, as angústias, o medo... É. A conta? Não, não quero fechar a conta. Vou deixá-la aberta no bar, já que sempre volto. Seja para comemorar ou para debruçar meus cotovelos no balcão. Dizer adeus aqui dentro é impossível.