quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Chovendo.

Não há chuva no céu de secas eternas. Há água que cai. E como não atinar essa delicada ousadia das gotas de água? Em um leve impasse, desprendem-se de todo o conjunto para cair no deslize do ar. E assistindo às gotas caírem como se caí uma folha, penso que assim como elas, posso eu também ser livre. Mesmo que a liberdade seja efêmera. Como a água que caí do céu, caindo suavemente dentro de mim, antes mesmo que possa cair em solo, e pertencer à raízes, à carnes, aos mares.

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