sexta-feira, 1 de julho de 2011

Alô?

Eles não ligam mais para nós. Quero dizer, aquele objetinho chamado telefone, que quando criança gostávamos tanto de apertar ou girar (para os adeptos ao vintage) seus botões. Eles o esqueceram. Até mesmo o telefone sem fio, coitado, que não te prende e não te sufoca. Nem ele conseguiu fazer com que os mancebos nos liguem, mesmo para o tão adorado "boa noite" ou "bom dia".

Lembremos - já com nostalgia - da frase "estava com saudade de ouvir a tua voz, por isso liguei". Ela se foi, acompanhando de mãos dadas o pagamento da conta do restaurante. Eles nos abrem a porta do carro, é verdade. Mas o telefone? Nunca mais. Hoje em dia, substituem a nossa macia voz do "bom dia" com um: "estava com tanta saudade que precisava te ver on-line". É o fim. E realmente, é o fim. Porque o que liga é a ligação. Quase como um "se liga, para rolar a liga, é preciso que você me ligue". Entendeu?

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