terça-feira, 3 de agosto de 2010

Minha mentira.

"Mentimos para proteger alguém", era o que estava escrito na sinopse de um livro solto na livraria. Me arrependo de não ter anotado nada além da frase na memória, folheado o livro e procurado mais explicações que inexplicavelmente serviriam de entendimento para futuras auto-perguntas.

Lendo esta frase, eu pude resumir as minhas mentiras em proteção, e aí senti um certo conforto falso. Era o conforto de agir por amor, digamos assim, com atos relativamente grandes. Mas era falso por se tratar de uma coisa feia, que é a mentira.

Eu me senti como uma mãe que ainda não pariu, por descobrir que muitos dos meus erros não foram cometidos pensando apenas em mim, mas em quem amo também. Obviamente tal argumento está descartado das justificativas dos meus atos passados. E dos futuros também, é claro. Agi por amor sem saber e com um número incontável de filhos que tive. Eu acabei me tornando filha de mim mesma, mas isso não interessa.

O que interessa é saber que até o pior de mim talvez seja feito de amor também. E a minha mentira ou a minha verdade continuarão intactas, independentemente da minha crença.

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